sábado, 5 de março de 2011

Cosplayers e o Idioma Japonês

A dificuldade com o idioma japonês não é empecilho para quem é fanático por mangas, animes e games japoneses. Entre os cosplayers, pessoas que se vestem como seus personagens favoritos, a língua é a porta de entrada para este mundo repleto de fantasia e imaginação da cultura nipônica.

Muito antes de começar a confeccionar as roupas de seus heróis prediletos, o cosplayer Edmar Yukio Yairo, 27, residente em Shizuoka, praticava o idioma japonês com a leitura de mangas. Ainda hoje o hobby o ajuda a aperfeiçoar a língua. De acordo com ele, mesmo que não se conheça muitos kanjis, dá para entender o enredo. “A dica para quem quer ingressar neste universo é o manga da categoria shoonen”, diz Yairo, pois fornece a leitura silábica de cada ideograma. E ler as histórias com um dicionário nas mãos ajuda muito. “Pode dar trabalho, mas enquanto você aprende coisas novas, acaba se divertindo com a história”, assegura.

Alexandre Kuni Fujioka, 22, de Tsukuba (Ibaraki), é outro que aproveita o gosto pela cultura japonesa para aprender a língua. Ele revela que causa uma certa inveja nos seus amigos do Brasil por morar no Japão. “É que aqui temos mais acesso e facilidade para comprar jogos, animes, mangas”, diz.

O sonho de disputar o campeonato mundial WCS (World Cosplay Summit) no Japão terminou em namoro para Geraldo José Cecílio Jr. e Gabrielle Christine Valerio. Eles se conheceram em 2003, em São Paulo. “Entre os bastidores de um evento de cosplay e outro, começamos a namorar”, lembra Gabrielle. Eles realizaram o desejo de ir ao Japão em momentos separados. Cecílio venceu a etapa nacional em 2009 com o parceiro Renan Aguiar e representou o Brasil em Nagoia no evento promovido pela TV Aichi. Já Gabrielle, juntamente com o parceiro Gabriel Niemietz, que foi campeão mundial em 2008, fez uma apresentação do jogo Valkyrie Profile 2 na etapa brasileira do AnimeXtreme e os dois ganharam o direito de defender o Oapis no WCS 2010. “Foi uma coincidência engraçada. Queríamos ir ao Japão e só conseguimos quando nos separamos para competir”, diz Gabrielle.

A comunidade do Orkut “Moro no JP e sou fã de anime”, criada em 2005, já formou dois casais. O fundador Felipe Tanaka, que vive em Kanagawa, conheceu a namorada Akemi Yamazaki, de Chiba, em um desses encontros. “O fato de termos o mesmo hobby ajudou bastante”, diz Tanaka.

Ryuji Yamashina, de Hamamatsu, e Mika Fukushima, de Kosai, cidades de Shizuoka, se conheceram da mesma maneira. O casal comparece todos os anos fantasiado ao WCS para dar apoio aos brasileiros no evento. “Nosso papel é torcer e vibrar por eles”, frisa Mika. Mas antes da torcida, eles capricham nas roupas e na maquiagem para interpretar seus personagens prediletos. “Todo mês fazemos uma lista do que precisamos comprar para elaborar as roupas. Exige planejamento, é cansativo, mas vale a pena. Eu e Mika estamos sempre juntos e fazemos o que gostamos”, conclui Yamashina.

Fonte: NippoBrasil

Jake Rodrigues

1 comentários:

Banzou KnightChibi disse...

Amores e encontro com cultura...
Que maravilha. Já estou até querendo ser um Otako (hum! é assim que se escreve?).
Não sou muito viciado nas atividades nipônicas, mas gosto da cultura desse povo.
Talvez eu não tenha visto nada que agrade meus olhos ainda.
Aqui em Jampa, vejo falar muito pouco... Mas espero que meu companheiro de aventuras e dono desse Blog (que por sinal esta muito bom), Karlus Magov, me mostre coisas que possamos fazer.
Cultura Japonesa, Shitsuryō

Banzou esta de volta a ativa...
Eikō no hi!

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